quarta-feira, 12 de novembro de 2008

rio que a toalha seca.

Por essa pele que parece margem, escorre um rio. água salmoura, incolor, inodora, antes fosse indolor e menos doentia.Rio de água clara, que leva com ele as palavras. rio de palavras que remetem a pensamentos angustiantes ao ponto de faltar o ar.rio que chega perto do canto esquerdo de onde as palavras são sopradas. água do rio que molha uma nascente que é capaz de, sem nem precisar de água, fazer nascer em outra pele algo que também escorre rasgando; algo que fere muito mais do que qualquer corte profundo.Não quero mais esse rio em mim, nem ter que observá-lo em ninguém.Se esse rio voltar/ficar alguém vai ter que me dizer o que fazer; porque esse rio é o único que eu desejo ver secar.
R.R.
12/11/08

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